Verific.ai checa as informações através de links de portais de notícias
Por Larissa Cavalcante e Fernanda Machado*
Já ouviu falar em startups sociais? Esse é um novo modelo de negócio, que, por meio de estratégias de inovação, busca desenvolver um produto ou serviço que, além do lucro, tenha como objetivo a resolução de problemas sociais. Empresas assim adotam diversas práticas para a redução do impacto sócio-ambiental, por exemplo. Diante deste cenário, as Faculdades Integradas Barros Melo promoveram palestra sobre empreendedorismo social, ministrada pela jornalista, Alice de Souza, criadora do aplicativo Verific.ai
O Verific.ai é um automatizador de checagem de notícias. Ele confirma a veracidade das informações através de links de portais de notícias. A ideia começou a ganhar forma em 2017, a partir de um projeto de pesquisa de Alice sobre as Fake News (notícias falsas divulgadas nas redes sociais), que surgiram nos EUA durante as eleições de 2016. “Pensei de que forma isso ia reverberar nas eleições aqui no Brasil”, revelou. “Eu sentei com pessoas de filosofia e de TI para ver o que poderíamos oferecer como ferramenta para uso público na luta contra a desinformação”, explicou Alice de Souza.
Segundo a jornalista, já existia uma base do que eram notícias falsas, mas o Verific.ai procurou automatizar o processo para facilitar o trabalho de quem lida com fact-checking e dar autonomia para o usuário fazer a checagem. Por enquanto, está disponível para o sistema android.
Quando estava na faculdade, a jornalista não via o empreendedorismo como opção. “À época, a ideia que a gente tinha de jornalismo era trabalhar com assessoria de imprensa ou em veículo de comunicação”, aponta. Para a jovem, a vontade de empreender surgiu com a mudança de cenário dos jornais .“Me angustiava ver que aquilo que eu tinha decidido para mim estava com o futuro ameaçado", desabafou. A partir daí, ela começou a pensar em outras possibilidades de fazer jornalismo.
O Verific.ai ainda está em desenvolvimento e o próximo passo é encontrar um modelo de atuação rentável. “Vamos tirá-lo da fase de pesquisa e tentar monetizar”, disse. Renata Porto, professora de administração e organizadora do evento, alerta que o primeiro passo para startups sociais gerarem renda é participar de processos de incubação, como o Porto Social. Através disso, o empreendedor descobre como utilizar determinadas ferramentas, fazer parcerias e atrair possíveis investidores.
Para a docente, esse modelo de negócios é importante, já que as carência sociais podem ser supridas por meio de produtos e serviços. Apesar do seu viés social ,essas empresas não são instituições filantrópicas, porque visam o lucro, mesmo não se inserindo no padrão tradicional de competitividade, "mas querem deixar um legado social", complementou.
*Texto colaborativo do Laboratório de Jornalismo da FIBAM.
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