CrespoGrafia reúne imagens de pessoas com cabelos crespos e cacheados, a fim de promover o empoderamento
O projeto fotográfico Crespografia, encabeçado pelo aluno de Rádio, TV e Internet, das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO), Ronald José Dos Santos Cruz, e o amigo Thiago Paixão, recebe o Prêmio Construtores da Cultura de Paz, na décima edição do evento Epirituartilidade – A arte do espírito e o espírito da arte, que acontece nesta sexta-feira (26), no Teatro Santa Isabel, no Recife. A premiação, realizada pela Comunidade Ramatis e Arteviva Espaço Cultural, com apoio da Prefeitura da Recife e Teatro Santa Isabel, é entregue a pessoas e/ou organizações que atuam pela coletividade em projetos de impacto, inovação, memória e valorização da ancestralidade, e tudo que inclui o bem ao próximo e o desenvolvimento social.
CrespoGrafia foi criado em dezembro de 2016, com o objetivo de promover o empoderamento de pessoas que têm o cabelo crespo ou cacheado, criando, na população, os sentimentos de respeito e aceitação. Os integrantes realizam ensaios fotográficos gratuitos, em grupo ou individualmente, para mostrar aspectos da Afrodescendência dos brasileiros e enfrentar questões de preconceito. A primeira ação reuniu oito jovens no Parque Treze de Maio, no centro do Recife. Hoje, o projeto atende 140 adolescentes, homens e mulheres, com idades entre 13 e 26 anos. As imagens podem ser conferidas no perfil @crespografia.
“Queremos, por meio das imagens, mostrar a todos, que ter o cabelo crespo ou cacheado não é uma forma de dizer se é bom ou ruim. Ruim é o preconceito criado sobre a textura de cada fio de nossa cabeça. O CrespoGrafia surge para afirmar que cada um tem uma beleza, seja ela com cabelos lisos, ondulados, cacheados ou crespos. E que cada um tem o direito de ser o que quiser e não seguir os padrões de beleza que os meios de comunicação e a sociedade tentam impor”, defende Ronald.
Sobre a conquista do prêmio, o fotógrafo é enfático. “Esse reconhecimento prova que estamos no caminho certo, buscando a representatividade dessas pessoas, para que elas possam sentir a própria identidade e se inspirarem umas nas outras”, diz.
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