Foto: Thiago Rad

Foto: Thiago Rad

Ex-aluna de produção fonográfica da AESO-Barros Melo viaja o Nordeste trabalhando como roadie


Curso de Produção Fonográfica - Olinda
setembro. 24, 2019

A jovem enfatiza a importância das mulheres ocuparem espaços tradicionalmente masculinos

Roadie é o termo utilizado para as pessoas que cuidam do andamento do show, preparam todos os equipamentos antes do evento e ficam em alerta para qualquer imprevisto. Julia Andrade tem 24 anos , é feminista, técnica de som, produtora e roadie. Formada pelas Faculdades Integradas Barros Melo, no segundo semestre de 2016, a jovem, desde então, trabalha produzindo eventos musicais e lutando pela visibilidade das mulheres nestes espaços.

Quando questionada como escolheu a carreira que ia seguir, ela afirma que foi o contrário: “a profissão foi quem me escolheu”. A certeza que queria seguir carreira no mercado musical fez com que Julia escolhesse o curso de Produção Fonográfica. Sem ainda ter experiências no ramo ou conhecimento, ela começou se interessar pela parte técnica da música, e acabou se identificando com a área.

A primeira experiência profissional aconteceu em 2015, até então como estudante, quando começou a assistenciar a banda Plugins nos palcos, e, desde então, continua trabalhando com o grupo.

Caracterizando a função como o “anjo da guarda do show”, segundo Julia, o roadie está sempre a posto para reparar imprevistos durante apresentações. “Amo fazer o evento acontecer e ser parte disso. Trabalho em equipe e viajo fazendo o que gosto, sem falar na adrenalina de não saber o que esperar de cada show, já que cada um é diferente do outro”, comenta.

Além da vida produzindo shows e festivais, Julia também participa do Coletivo Nativa, grupo mulheres da área de produção técnica/cultural, que se uniu em uma rede de apoio. Nesta função, a proposta é evidenciar o trabalho feito por elas, facilitar as oportunidades de capacitações e qualificações, além de ajudar a inserção feminina neste tipo de mercado. “Ultimamente, está sendo muito bom encontrar mais mulheres nos palcos. Eu me animo quando trabalho com garotas que sou fã. Quero rodar o mundo com a música e construir uma sociedade mais igualitária através da música”, enfatiza.

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