2020 foi um ano de desafios. Apesar das perdas e mudanças, provocadas pela pandemia da Covid-19, para Giovanna Barbosa, egressa de Jogos Digitais da UNIAESO, foi um período de conquistas e transformações. A jovem de 24 anos se formou em julho e, em dezembro, a convite do ex-professor da instituição, Rodrigo Mazulo, passou a integrar a equipe de UX/UI da Manifesto, estúdio de game recifense, fundado em 2005, que já desenvolveu mais de 100 projetos, entre jogos próprios e consultoria para parceiros. Ainda está desenvolvendo as atividades em home office, mas já comemora a integração com o time.
“Estou na empresa há pouco tempo, mas já me sinto parte da família. É um clima super cordial e respeitador das diferenças. Está sendo bastante inspirador ver profissionais da área reunidos. Eu sempre quis expandir minha experiência e o que, realmente, faltava era estar com pessoas focadas no mesmo assunto”, comenta.
O UI (User Interface), setor de atuação dela, está ligado ao design de interfaces dos jogos. Tela inicial, de gameplay, de inventário, telas que apareçam durante uma interação ou cutscene, etc. “Mas o foco não é deixar a tela com o visual bonito e, sim, estruturá-la de forma que não atrapalhe a experiência do jogador. É responsabilidade do designer fornecer o máximo de conforto para o usuário”, explica.
Este conforto, por sua vez, é avaliado no UX (User Experience), que tem foco na experiência do jogador em determinados pontos de um game. Pode ser a jogabilidade, visual, interface, etc. “A intenção é sempre buscar a melhor jornada ou, literalmente, melhor experiência para o player. E, caso isso não esteja acontecendo, é responsabilidade do designer estudar e desenvolver soluções. São funções interligadas no fim das contas”, completa.
Antes de ser contratada pela Manifesto, Giovanna havia trabalhado na Mulungu Studio, do professor universitário Rogério Araújo. Ela considera essa passagem o pontapé inicial da carreira. “Produzi diversos jogos simples e tive momentos que contribuíram muito para o que sei hoje”, diz.
A avaliação da ex-estudante da UNIAESO, respaldada por dados, é que o mercado, neste segmento, está crescendo muito no Brasil e no mundo, por isso as empresas estão necessitando de mais profissionais qualificados. “As contratantes tendem a olhar diferente para os indivíduos que são graduados em Jogos Digitais. Elas subentendem que esses profissionais sabem melhor o que querem, possuem experiências e contato com pessoas do mercado”, ressalta. “Também tenho em mente muitas ideias pessoais, que quero colocar para frente, entre eles, o PROJETO RAONI que foi meu trabalho de conclusão de curso”, afirma.