Amanda Lima foi selecionada para participar da 18° edição do Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros

Amanda Lima foi selecionada para participar da 18° edição do Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros

Egressa de Cinema e Audiovisual da UNIAESO participa da CineOP


Mostra de Cinema de Ouro Preto
Curso de Cinema e Audiovisual - Olinda
julho. 24, 2023

Amanda foi selecionada entre 33 estudantes de todo o Brasil

A ex-aluna do curso Cinema e Audiovisual da UNIAESO, Amanda Lima foi selecionada para participar da 18° edição do Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros, que aconteceu na programação da Mostra de Cinema de Ouro Preto, em Minas Gerais. 

Atualmente graduanda em Museologia, Amanda se destacou entre 33 participantes espalhados pelo Brasil e foi escolhida pela Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), que pela primeira vez, custeou a participação de um discente para acompanhar o evento. 

A egressa ressaltou como os aprendizados durante a graduação a despertaram para a temática da preservação audiovisual.

“Tive uma cadeira de cinema analógica, preservação audiovisual e found footage, tudo isso durante a pandemia. A gente não podia sair para filmar e precisamos usar imagens de arquivo, tudo isso atiçou meu interesse pela preservação audiovisual”, disse.

“Mas, era uma área que estava muito abstrata para mim, não havia oportunidade de estágio aqui pois são atividades centradas no Eixo Rio-São Paulo".

Segundo a estudante, a Museologia e o Cinema se complementam quando se trata dessa temática: 

“Ano passado eu tive a oportunidade de participar da Iniciativa de Digitalização de Filmes Brasileiros, foi minha primeira experiência prática na preservação audiovisual e eu tive certeza que era uma área que eu queria atuar. Então comecei a estudar museologia para entender melhor a questão do patrimônio cultural”, afirmou.

Morando no interior de Pernambuco e a fim de que a experiência tão enriquecedora não fosse passageira, Amanda começou a estudar online por conta própria, através de cursos, lives e palestras. E foi maratonando as edições passadas da CineOP, que o desejo de se aprofundar na área se transformou em um sonho de ser participante ativa do evento.

“Eu precisava ir para lá, participar dos debates, fazer as oficinas, conhecer as pessoas da área. Então eu juntei todas as minhas milhas e comprei a passagem com antecedência”, relatou.

Foi então que a Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) abriu o edital para ajudar um aluno de graduação a ir ao encontro e Amanda mergulhou de cara na oportunidade.

“Eu me inscrevi e passei. Fiquei muito emocionada, senti como se fosse uma confirmação de que eu devia mesmo ir para o festival”, conta.

SOBRE O EVENTO

Em Ouro Preto, o 18° Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros focava em, além de promover as tradicionais mesas de debate, atualizar o Plano Nacional de Preservação Audiovisual de 2019 para entregá-lo ao Ministério da Cultura. 

O evento contou com a presença da Secretária do Audiovisual e do MEC. Entre as discussões promovidas, a descentralização e a descolonização foram os principais temas.

“A descentralização pois a preservação, assim como outras áreas do audiovisual e da cultura, está centralizada no eixo Rio-São Paulo e a descolonização pois, assim como outras ciências, tentamos aplicar tecnologias, métodos e estratégias eurocêntricas, que podem não funcionar no nosso contexto, por diferenças políticas, econômicas e até climáticas”, explica Amanda.

A estudante destacou a experiência como “enriquecedora”, principalmente pela oportunidade de conhecer os membros da Associação: 

"A ABPA tem uma liderança feminina e os seus membros são muito diversos, de vários estados, de diferentes tipos de instituição”, disse.

PRESERVAÇÃO AUDIOVISUAL

Amanda finalizou reforçando a importância da disciplina de Preservação Audiovisual na grade curricular das universidades para manter viva a história do cinema e o acesso das futuras gerações. 

“A preservação audiovisual é interdisciplinar, ela faz parte da cadeia do audiovisual, nos esforçamos demais para fazermos nossos filmes e se não preservá-los eles podem desaparecer, há filmes com menos de 10 anos, da era digital, que passaram em festivais e já estão perdidos”, afirma.

“Nosso estado tem uma história linda com cinema, temos um acervo valioso mas a preservação audiovisual em Pernambuco ainda é algo a ser desenvolvido, o MISPE está num estado precário, temos vários cinemas de rua negligenciados, como o São Luiz e o Cine Olinda, preservar esses espaços físicos também está incluso na preservação audiovisual”, completou.

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