Um dos melhores currículos em matéria de hóquei nacional feminino, a atleta Anny Margareth é sinal de goleada! Aos 28 anos, atleta do Clube Português do Recife e estudante de publicidade da AESO, pratica hóquei há nada menos que 10 anos e já coleciona importantes títulos para o estado.
A história do hóquei no Brasil começou há 51 anos, mas a seleção feminina só conquistou seu espaço 39 anos depois. Mesmo assim, nenhuma equipe havia conseguido trazer medalha para o país. Em 2002, pela primeira vez na história brasileira do esporte, o feminino conseguiu conquistar uma medalha de prata, e esse ano repetiu a façanha, com o bicampeonato. Em 2003, já patrocinada pela AESO, Anny Margareth também foi campeã brasileira, fato inédito para Pernambuco.
Anny, que treina cerca de quatro horas por dia, está muito satisfeita com a posição que Pernambuco ocupa nesse cenário de vitórias. “Antigamente Sertãozinho, em São Paulo, era o maior berço do hóquei nacional, onde muitos jogadores eram exportados para jogarem em outros países. Hoje, Pernambuco é o estado que mais exporta jogadores e o que mais se destaca no cenário do Hóquei” diz. Além das cinco jogadoras pernambucanas - das dez atletas que integram a equipe -, a seleção brasileira ainda conta com o pernambucano Antônio Martins de Albuquerque, técnico do grupo.
Entre 18 e 25 de setembro, Anny Margareth integrou a seleção brasileira que disputou o Campeonato Mundial de Hóquei sobre Patins, na cidade alemã de Wuppertal, trazendo a medalha de prata para o Brasil. E, ao que tudo indica, a seleção brasileira feminina de hóquei tradicional deve brigar por mais uma medalha de ouro no Campeonato Sul-americano de Seleções, que será realizado em Vila Del Mar, no Chile, entre os dias 07 e 12 de outubro. A equipe só está esperando a liberação da verba pelo Governo do Estado para embarcar. Se for liberada, as atletas de Pernambuco estarão mais uma vez representando o Brasil num campeonato internacional.
Segundo Anny Margareth, o maior adversário da equipe brasileira no sul-americano será a Argentina, por ter uma seleção forte e bem preparada. “Ao que tudo indica, a Argentina será a principal pedra sob nossos patins. Já estamos perdendo deles há dois anos, deixamos o gostinho especial de vitória para o Chile, já que o que nós mais queremos é o prazer de ter nas mãos outra medalha”, diz confiante a atleta.
(Ana Cláudia Guerra)
voltar