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Uma liga verdadeiramente nacional



Pela primeira vez, após 18 edições, a Liga Nacional de Handebol passará a ser, verdadeiramente, nacional. A partir desta temporada, o campeonato de maior visibilidade do País na modalidade finalmente abre espaço para equipes das regiões Norte e Nordeste.

>> Handebol feminino com atletas calejadas

Até o ano passado, o modelo era fechado para times do Sul, Sudeste e Centro-Oeste e não havia flexibilização sob a alegação de altos custos - a Confederação Brasileira (CBHb) custeia as passagens das equipes. Segundo informações de bastidores, a pressão de parceiros financeiros e de canais de televisionamento pode ter sido determinante para a mudança no formato.

A Liga passará a ter fases regionais e os melhores times de cada zonal disputarão o título, em uma espécie de oitavas de final, em sede única a ser definida pela CBHb. A entidade custeará a participação de todos os times que avançarem de fase.

A mudança promete dar novo ânimo ao handebol nas regiões Norte e Nordeste, que ganharão mais visibilidade. Não dá para prever, entretanto, se essa vitrine será revertida em patrocínios. A seleção feminina foi campeã mundial em 2013 e, além do aumento do repasse de empresas estatais, os ganhos não foram tão significativos quanto o estimado.

“A Liga vai confrontar duas realidades distintas, que são as estruturas dos times do Norte e Nordeste e as das demais regiões. É preciso que haja apoio governamental e privado. A Liga é, antes de tudo, uma vitória, e pode ser um marco para a modalidade avançar a outro nível”, destacou Cristiano Rocha, técnico da equipe feminina do Clube Português/Aeso, que entrará no certame também com o time masculino. Entre as mulheres, o Estado terá ainda o Santa Cruz/BPE.

Vindo de dois títulos expressivos em sequência, o Brasileiro Adulto e a Copa do Brasil, o grupo de Cristiano é um dos exponentes do Nordeste. A galeria de títulos das lusas é extensa, mas por vezes minimizada pela ausência na Liga. “A mudança na Liga nesta temporada veio a calhar. Estamos em uma temporada muito boa e isso até tem gerado uma expectativa pelo nosso rendimento. Estou frisando muito que não devemos absorver pressões externas”, disse ele, que revelou ter um grupo forte e jovem, mas não abre mão de reforços.

Os jogos da Liga terão início logo após a Olimpíada, no dia 27 de agosto, e seguirão até dezembro - a final masculina está prevista para 10 de dezembro, enquanto a feminina deve acontecer sete dias depois.

 

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