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Tauana Uchôa e Walter Carvalho falam sobre os curtas da estreia do festival



Os diretores Tauana Uchôa e Walter Carvalho, representantes dos curtas-metragens ‘Não tem só mandacaru’ e ‘Paulo Bruscky, respectivamente, que estrearam na noite da segunda-feira (2) no Cine PE, falaram sobre o processo de produção dos filmes na coletiva à imprensa de hoje (3), no Hotel Sete Colinas. Além de responder às perguntas dos jornalistas presentes, conversaram com um grupo de estudantes de Cinema da Faculdade AESO Barros Lima sobre todo o processo que envolve a construção de um filme.

Durante o bate-papo, a estreante Tauana, que em seu primeiro ano já entrou na programação do Cine PE com dois curtas – além de ‘Não tem só mandacaru’, ainda será exibido ‘A vida em uma viagem’ – comentou sobre a dificuldade de se produzir um filme sem apoio financeiro. Para ela, os cineastas não devem se limitar a financiamentos públicos para executar uma ideia. “O meu curta, o ‘Não tem só mandacaru’, por exemplo, foi todo feito no esquema de cinema de brodagem, com financiamento coletivo de amigos que toparam o projeto e hoje nós conseguimos chegar até a noite de abertura do Cine PE”, destacou a jovem cineasta.
 
Já o veterano Walter Carvalho, natural de João Pessoa, na Paraíba, comentou sobre a importância de seu documentário ‘Paulo Bruscky’ ter estreado no cinema São Luiz, tão emblemático para ele. “Quando eu era garoto, vinha de João Pessoa para o Recife só para ver os filmes no São Luiz, já que tinha título que não chegava até João Pessoa. Hoje ver um filme meu justamente nesse cinema foi de grande emoção”, destacou Walter. Sobre o documentário, o cineasta destacou a forma orgânica em que foi construído, sem nenhum trabalho de pós-produção. “Tudo que vocês veem no filme foi feito sem o auxílio de computador, só com jogo de câmeras e boas ideias”, disse.

Tanto Tauana quanto Walter comentaram ainda sobre a importância do festival para a troca de ideias entre os cineastas. “O interessante de participar de um festival não é ver o meu filme em uma tela de cinema, mas ver o filme do outro, ver o olhar dos outros cineastas. Isso que é o bacana”, destacou o diretor de ‘Paulo Bruscky.’

 

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