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Mercado de animação gráfica ganha força, mas faltam profissionais em PE



De filmes modernos em três dimensões até os joguinhos mais simples de celular estão presentes imagens em movimento, feitas no computador. O trabalho requer concentração e muita criatividade. Em Pernambuco, a animação gráfica é um setor da tecnologia que está em expansão, mas, apesar disso, ainda há pouca oferta de vagas e de profissionais.

Segundo o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Marcos Buccini, as empresas especializadas em animação ainda são poucas no Estado, comparando com o mercado no Sudeste do País. “Há uma absorção maior na área de publicidade e tecnologia, principalmente de games. Animação em série de TV, filmes, ainda é muito pouco. A demanda é pouca e faltam profissionais", avalia.

Uma prova do crescimento do mercado no Estado é a criação do Curso de Cinema de Animação. Desde 2008, ele é oferecido pelas Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso), onde são ensinadas as principais técnicas da área. Já a Universidade Católica de Pernambuco tem o curso superior em Jogos Digitais. “Muitos profissionais vêm da área de publicidade, design e também do curso de cinema da UFPE, que também forma muita gente nesse ramo”, diz Buccini.

No Interior do Estado, há um laboratório de animação no Centro Acadêmico do Agreste, da UFPE. “É uma iniciativa ainda nova, mas que já tivemos algum retorno. Inclusive um aluno nosso foi para a Universidade do Porto para fazer um curso de seis meses lá. A ideia é soltar esse pessoal para o mercado”, afirma.

A média salarial, segundo o professor, é baixa se comparada a outras regiões do País, mas isso depende muito do projeto como um todo. “Um animador iniciante ganha, em média, de R$ 1 mil até R$ 3 mil. No Sudeste chega até R$ 4 mil. Mas, às vezes, o projeto em que ele foi contratado tem um dinheiro maior, aí ele consegue ganhar um pouco mais”, ressalta.

Os mais procurados, de acordo com o professor, são os profissionais que trabalham com animações em três dimensões e com jogos digitais. A função exige mais que criatividade, é preciso um traço perfeito, muita imaginação e amor pelo que faz. O estudante Felipe Soares largou o curso de Publicidade para se dedicar à animação, uma paixão que tem desde a infância.

“A animação tradicional exige que você tenha uma noção boa de desenho. Eu sempre quis ser desenhista de quadrinhos, então isso facilitou a ideia de trabalhar com essa área, que é o que eu pretendo seguir”, conta o jovem.

Não é só quem tem habilidade no desenho que pode se destacar na área. “Se ele nunca gostou de desenhar, mas sempre gostou de contar histórias, ver cinema, lidar com tecnologia, ele vai encontrar espaço aqui no curso também”, diz Leonardo Castro, que é coordenador do Curso de Cinema de Animação.

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