Clipagens

Em todo o Brasil, 2.181.622 mesários participarão das eleições deste domingo. Apesar de muitos desempenharem a função, digamos, 'a contra gosto', uma parcela significativa decidiu ser mesário por livre e espontânea vontade: ao todo, 459.105 pessoas. A inscrição de tantos mesários voluntários não é à toa. Quem trabalha nas eleições tem a garantia de vários direitos, como veremos a seguir. Primeiro, deve-se esclarecer que cada seção eleitoral é composta de um presidente, um primeiro e um segundo mesários, dois secretários e um suplente. O suplente tem que estar no local antes do início da votação, e é dispensado caso nenhum dos outros falte. Mesmo que o suplente acabe sendo dispensado, ele também receberá o certificado que lhe garante os mesmos direitos dos outros mesários. A vantagem mais conhecida é o o direito a dois dias de folga por cada dia trabalhado nas eleições. A lei recomenda que as folgas sejam gozadas nos dias seguintes à votação, mas um acordo entre o funcionário e a empresa pode flexibilizar a data. Algo que muita gente não sabe é que ser mesário pode servir como critério de desempate para alguns concursos públicos, desde que esteja previsto no edital. O trabalho nas eleições também pode funcionar como critério de desempate para promoção de servidor público. Neste caso, leva-se em conta o número de vezes em que o eleitor prestou serviços à Justiça Eleitoral. Para muitos estudantes, atuar como mesário será uma forma de adicionar ao histórico da graduação horas de atividade extracurriculares sem ter que pagar um curso. Algumas instituições de ensino superior fizeram parceria com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) para converter as horas trabalhadas como mesário pelos seus alunos em horas de atividades extracurriculares. No Estado, as seguintes faculdades celebraram o acordo: Aeso, FIR, Esurp, Sopece, Aeso, Aesga, Facesf, Facipe, ASCES, Faculdade Maurício de Nassau, Universo e Unicap. Vale lembrar que os mesários terão direito a um auxílio-refeição no valor de R$ 8.