Curso forma profissionais na área
Os apaixonados por música que queiram trabalhar nos bastidores da indústria já têm opção de formação acadêmica no Recife. Criado no ano passado, o curso de produção fonográfica da Faculdade Barros Melo (Aeso) é o único de todo o Nordeste. Tem duração de cinco semestres com turmas pela manhã e à tarde. A mensalidade custa R$ 582. Este ano, o vestibular oferecerá 80 vagas para os feras. A inscrição custa R$ 50 e vai até o próximo dia 13. As provas acontecem um mês depois e os resultados serão divulgados até o dia 16 de dezembro. No curso, os alunos aprendem a lidar com todas as etapas de produção fonográfica, desde a pré-produção à gravação e distribuição do produto. E uma boa parte do conteúdo passa por tecnologia da informação. De acordo com o professor da disciplina de Introdução a hardwares e softwares de música, Giordano Ribeiro, os alunos têm acesso a softwares de edição e técnicas de distribuição de música via internet. “Boa parte do tempo de quem trabalha em estúdios é consumida justamente com edição. Por isso, vemos os softwares mais usados no mercado. Mais para a frente do curso, os alunos são apresentados a workstations digitais, com ênfase em programas como Pro Tools”, diz Ribeiro. Segundo ele, no entanto, a formação permite que os alunos sigam por caminhos distintos, como gestão e produção musical. Ribeiro observa que, apesar de o curso ainda ser uma novidade, a maioria dos alunos já está habituada a lidar com artefatos tecnológicos. “Obviamente ocorrem choques, mas muitos dos alunos já usam softwares de edição em suas casas e vieram se profissionalizar. Então, os que sabem mais acabam se tornando assistentes do professor”, diz. MUSIGAMES Um dos fundadores da empresa pernambucana especializada em programas de ensino de música D’Accord Music Software, Ribeiro diz que recentemente a empresa criou uma unidade de negócios dedicada ao mercado de jogos. Mais especificamente, uma área para atender ao crescente nicho de games musicais. “Quisemos diversificar. É um mercado em franca expansão e vimos que era possível. Até porque, os conhecimentos necessários para desenvolver um software de música, quer dizer, interface, design, usabilidade, é muito parecido com aquilo que é necessário para criar jogos”, comenta. Ribeiro ainda ressalta que a unidade, batizada de Musigames, já publicou quatro jogos para iPhone e tem mais quatro prontos para serem lançados até o fim do ano. Ele revela que a empresa produziu título no estilo de jogos como Guitar hero, mas também produtos inovadores. (J.W.)