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Cursos abrem caminho para melhor formação



Até bem pouco tempo, quem queria fazer cinema em Pernambuco tinha basicamente três caminhos de formação a seguir. O primeiro era se mudar e ir estudar em outro Estado ou país. Dos que fizeram essa opção, poucos voltaram para produzir seus filmes aqui. O segundo era aproveitar ao máximo as esporádicas oficinas com os realizadores locais ou de fora, sugando todo tipo de informação que esses espaços proporcionam. O terceiro, mais recente, é navegar incessantemente pela internet, buscando as novidades e trocando idéias com gente que faz cinema ao redor do mundo. Atualmente, impulsionados pela demanda de formação especializada em audiovisual, vários centros de formação estão investindo em cursos na área. A Faculdade Maurício de Nassau criou, em 2006, o bacharelado em Cinema Digital, com duração de quatro anos. Já a Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso) abriu este ano o curso de Bacharelado em Cinema de Animação, com duração de três anos e meio, totalmente voltado para a formação do profissional de animação. Além desses dois cursos com recortes específicos, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também vai abrir um curso de cinema. Serão 50 vagas a serem disputadas pelos concorrentes já no vestibular deste ano. “A universidade é um elo de uma cadeia produtiva e o curso foi pensado na perspectiva de valorizar a produção local e entrar como parceiro desse processo de organização”, afirma Paulo Cunha, um dos professores do departamento de Comunicação Social da UFPE responsável pelo projeto de criação do curso. Ele também ressalta que a estrutura curricular está organizada de modo a formar profissionais para as diversas funções de uma equipe, além de críticos e pensadores de cinema. Aliada a essas iniciativas, a implantação do Centro Audiovisual do Norte e Nordeste também só tem a acrescentar. A proposta do Canne é trazer para as regiões o acesso a bens de consumo e formação, além de outras ações do CTAv, que possui um importante papel no apoio à produção autoral, especialmente de curtas. Implantado em abril de 2007, este ano o Canne já promoveu sete cursos voltados para o aperfeiçoamento dos profissionais da área. “A sede se encontra em Recife, mas qualquer realizador das duas regiões pode solicitar os equipamentos. Estão previstas, inclusive, a itinerância dos cursos pelos outros estados e parcerias com os cursos de audiovisual das regiões, para que o centro possa exercer uma função auxiliar à universidade”, conclui Isabela Cribari, diretora do Instituto de Cultura da Fundaj.

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